As piores guerras de todos os tempos. Orcs furiosos e analfabetos, arqueiros elfos, hobbits corajosos e diminutos, trolls e ogros carniceiros, unicórnios treinados, centauros e minotauros criados à base de anabolizante, anões de machado (provavelmente lenhadores), magos poderosos, clérigos religiosos e outros povos com seus respectivos adjetivos...Não? Não é esse tipo de Guerra Medieval? Atá..a outra Guerra Medieval né...
Antes de mais nada, você sabe porque as Guerras aconteciam? A maioria delas aconteciam por diversos motivos: disputas territoriais, saques, questões políticas, rivalidades familiares e aumento de poder.
As guerras eram tão importantes na sociedade medieval que a nobreza militarizada, principalmente a cavalaria, tinha uma posição de destaque nos feudos e reinos. Os guerreiros possuíam grande importância e prestígio social e econômico. Preparavam-se desde a infância para serem guerreiros eficientes, leais e corajosos.Estas guerras aconteciam entre feudos (unidade territorial típica da Idade Média), reinos e até mesmo religiões. Neste último caso, podemos citar as Cruzadas, que foram batalhas entre cristãos e muçulmanos.
Armamentos
As guerras envolviam a utilização de vários armamentos. Entre os pessoais, podemos citar espada, elmo, armadura e escudo (principais armamentos de um guerreiro). O cavalo era o meio de transporte usado para o deslocamento durante as batalhas.
Houve um estudo de alguns pesquisadores sobre os tipo de armamento que eram utilizados naquela época..os pesquisadores acabaram descobrindo que os instrumentos de guerra não eram tão rudimentares e pesados como possa parecer. Comparada a toda parafernália dos soldados contemporâneos, a armadura medieval tinha quase a mesma quantidade de peso.
Armamento Medieval.
O entendimento tradicional e popular da guerra européia na Idade Média é no sentido de que cavaleiros montados dominaram os campos de batalha da Europa durante os anos 800 a 1400. Os cavaleiros se revestiam com Armadura de placas e atacavam com lanças, dispersando, perfurando, e atropelando quaisquer tropas desmontadas em seu caminho ao se aproximarem para decidir a batalha. A era dos cavaleiros terminou quando a infantaria recuperou papel proeminente nos campos de batalha com novas armas (armas de fogo) e retomada de antigas estratégias (formações de piqueiros em massa). Essa visão foi promovida pela arte e pelas limitadas contas da época que destacavam anobreza montada enquanto ignorava os homens do povo e camponeses que lutavam a pé. A visão de que os cavaleiros dominavam os campos de batalha e que os combates consistiam principalmente em cargas de cavalaria é falsa.
Tropas a pé eram um importante componente de todos os exércitos na Idade Média. Elas lutavam em escaramuças corpo-a-corpo e arremessando projéteis (arcos de todos os tipos e, posteriormente, armas de fogo). Soldados desmontados eram importantes tanto para cercos à castelos quanto à cidades fortificadas.
A guerra na Idade Média era, na verdade, dominada por algum tipo de cercos. Batalhas em campo aberto entre exérctos não eram freqüentes. Os exércitos jogavam uma espécie de partida de xadrez, deslocando-se para tomar castelos ou cidades importantes, enquanto evitavam combate direto, quando uma grande e cara força poderia ser perdida.
Quando batalhas intensas ocorriam, os cavaleiros podiam ser devastadores. Uma determinada carga de cavalaria pesada era uma força poderosa. Era mais provavel, entretanto, que a vitória fosse do oponente que melhor utilizasse os três principais componentes do exército juntos: infantaria corpo-a-corpo, soldados com armas de arremesso, e cavalaria. Também eram importantes os fatores que sempre influenciaram as batalhas, como o uso inteligente do terreno, a moral das tropas, liderança, disciplina, e operações táticas.
As armas.
Na grande parte da Idade Média, a tecnologia de armamentos mudou muito pouco em relação à do mundo antigo, principalmente variantes da clava, faca, lança, machado e flecha. Uma importante inovação foi o uso da lança por um cavaleiro pesado montado. O cavaleiro montado era significativamente mais potente do que qualquer cavalaria do mundo antigo. O equivalente mais próximo na Antigüidade pode ter sido a cavalaria de escolta de Alexandre, o Grande.
O arco longo e a besta eram inovações do Ocidente. A besta, entretanto, já era conhecida pelos chineses.A tecnologia revolucionária da Idade Média foi o desenvolvimento de armas com pólvora, tanto canhões quanto armas leves.
Soldados desmontados com armas de combate corpo-a-corpo eram o terceiro principal componente dos exércitos medievais, junto com a cavalaria e tropas com armas de arremesso. Os escaramuçadores lutavam corpo-a-corpo e eram importantes tanto em batalhas intensas quanto em cercos. A infantaria era composta de camponeses, soldados comuns, e cavaleiros desmontados.
Os Francos da Idade das Trevas lutavam com um machado de arremesso chamado francisca, termo do qual a tribo retirou seu nome. Seus vizinhos, os Saxões, lutavam com uma grande faca com lâmina em um só lado chamada scramasax, da qual retiraram seu nome.
Com o desenvolvimento do cavaleiro pesado veio a espada pesada, que também era usada em combates corpo-a-corpo a pé. Variantes da espada incluem uma versão de duas mãos, a qual requeria grande espaço para ser manejada. Os soldados a pé emunhavam uma variedade de armas, incluindo machados (de uma ou duas mãos), maças,martelos, e manguais (Uma variante da maça era uma bola de pontas presa a um cabo por uma corrente). Ao passo que as armaduras evoluíram para reduzir o efeito de golpes de espada, armas perfurantes ou de esmagamento se tornaram mais favoráveis.
Armas de Haste.
Longas armas de haste evoluíram em resposta aos Cavaleiros montados e resultaram em uma volta a formações parecidas com a antiga falange grega. Cavalos não atacariam uma disciplinada formação de homens apontando armas de haste estendidas. Uma densa formação de armas de haste mantidas altas também serviam como alguma proteção contra flechas.
Soldados a pé primeiro aprenderam a permanecer atrás de estacas de madeira para evitar cavalaria. Depois, aprenderam a manejar lanças, piques, e outras armas de haste a fim de se precaver da cavalaria. Isso permitiu à formação se movimentar e carregar as estacas anticavalaria. Em uma escaramuça, as variadas peças na extremidade da haste eram usadas para arrancar os cavaleiros de suas montarias, ou causar ferimentos ao cavaleiro ou ao cavalo. Apesar de homens com armaduras não se encontrarem indefesos quando derrubados ao chão, como se poderia imaginar, eles estavam em desvantagem, ao menos temporariamente, em relação aos soldados usando pouca ou nenhuma armadura antes que pudessem se levantar.
Próximo post, A Cavalaria.